Avançar para o conteúdo

Perfil de aprendizagem: cada pessoa tem o seu próprio

Você já ouviu falar sobre os perfil de aprendizagem e as habilidades de cada sujeito? Ao longo da nossa escolarização, enfrentamos diversas dificuldades que, algumas vezes, podem vir a causar marcas em nossa vida adulta.

Portanto, é necessário que discutamos sobre a questão da aprendizagem significativa e o tempo de aprendizagem das pessoas. Esse tema é bastante recorrente nas mídias. No entanto, ainda não conseguimos alcançar o chão da escola com mudanças reais na prática.

Se resgatarmos a história educacional do país, podemos observar um passado de exclusão e valorização da cultura letrada. Desde o Brasil Colônia, uma parcela muito pequena da população possuía o direito e o acesso à escola. Nos tempos atuais, continuamos ainda valorizando o ambiente escolar e, principalmente, a produção escrita, não percebendo, desse modo, que há vários estilos de aprendizagem, nos quais cada sujeito assimila e compreende conforme suas experiências.

Quais são os estilos de aprendizagem?

Podemos considerar sete estilos de aprendizagem:

  • Corporal-cinestésica;
  • Espacial;
  • Interpessoal;
  • Intrapessoal;
  • Linguística;
  • Lógico-matemática;
  • Musical.

Esses estilos de aprendizagem não são considerados nas escolas, as quais buscam, geralmente, aplicar avaliações sem considerar a forma de aprendizado do aluno. Em muitos casos, não somos avaliados individualmente e acabamos vivenciando um currículo engessado, que não leva em consideração as variações sociais presentes no Brasil.

Paulo Freire utiliza o termo “educação bancária” para definir essa didática, em que professor é o detentor do conhecimento e o deposita sobre seus alunos, que não possuem contato prévio do assunto, o que acaba desconsiderando a história de vida de cada um deles e suas diferentes formas de aprendizagem.

Na escola de massas, a avaliação é usada como um instrumento de controle, mensuração, classificação e comparação. Além disso, ela não permite um olhar singular sobre cada sujeito, ou seja, não leva em conta suas diferentes competências e habilidades.

Nosso conhecimento é mensurado por meio de uma nota e, muitas vezes, por avaliações escritas, as quais não contemplam as diferentes maneiras de expressar uma aptidão.

Atualmente, há um discurso e slogan por parte das escolas sobre a avaliação processual. Contudo, esse novo método avaliativo não ocorre na prática educacional.

Muitas vezes, por não considerar o raciocínio de outra maneira, o conhecimento de um aluno não é valorizado, como podemos ver na tirinha de Armandinho:

Deste modo, podemos afirmar que a avaliação é, ainda, utilizada como instrumento de controle e mensuração, sem olhar para cada sujeito e o seu potencial.

Respeito à individualidade

Cada pessoa sente, pensa e lida com os desafios da vida de um modo diferente. Além disso, as pessoas não se relacionam igualmente, dessa forma, gera diversos aprendizados. Essas são condições necessárias ao desenvolvimento e à construção da personalidade de cada ser.

Os estudos relacionados à psicogenética, principalmente os que são baseados na teoria de Vygotsky, identificam que a mediação é a principal forma do desenvolvimento humano. Compreender a estrutura de pensamento das pessoas e as maneiras que elas processam as informações ajuda a perceber a importância de identificar o perfil de aprendizagem.

Diante disso, valorizar os diferentes estilos de aprendizagens e promover práticas que utilizam essas competências e habilidades são princípios que garantem uma escola democrática.

Ao considerar esses princípios, nos quais os alunos podem se reconhecer e trabalhar conjuntamente, é possível criar um ambiente favorável que ressalta as habilidades de cada sujeito.

Tipo de conteúdo
#livrosPedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido, de Paulo Freire.

Piaget, Vygotsky, Wallon: Teorias psicogenéticas em discussão, de Yves de La Taille, Marta Kohl e Heloysa Dantas.
plugins premium WordPress