Se você já passou pela escrita acadêmica – TCC, dissertação ou mesmo a tese – sabe o quanto é verdadeira e real a dificuldade de ler muitos textos, grifar páginas e páginas, estudar os temas mais importantes da sua área, fazer os resumos das disciplinas, e na hora de escrever seu trabalho parece que as ideias se misturam e tudo fica confuso.
Se você já passou pela escrita acadêmica
Parecendo que você não sabe nem por onde começar e, normalmente, o que acaba acontecendo é a escrita de frases aparentemente conexas, mas sem a fluidez e lógica necessária para um texto acadêmico.
Isso é mais normal e corriqueiro do que você imagina. Acontece que produzir conteúdo escrito, sobretudo em formatos acadêmicos, é de fato um trabalho complexo.
Dar sentido lógico às nossas ideias e conseguir externalizá-las, com embasamento e clareza, não é uma tarefa simples e natural, por isso muitas vezes precisamos de ajuda e organização.
Neste artigo você vai ver
- Dores da escrita acadêmica
- Metodologia de Pesquisa – a disciplina que muitas vezes não ajuda
- Requisitos necessários para um trabalho acadêmico
- A escrita é um ponto nevrálgico no trabalho acadêmico
- Para resolver as dificuldades é preciso contar com ajuda
- O tabu da “ajuda”
- Dificuldades para além da escrita
Dores da escrita acadêmica
São inúmeros os fatores que, juntos, geram ainda mais problemas na escrita acadêmica. Primeiro começa com a dificuldade de escolher o tema; normalmente aliado a prazos curtos para entrega; e ainda a difícil conciliação da nossa produção (realizada em paralelo a outros serviços) com as datas pedidas pela academia.
Isso sem contar com a falta de orientação adequada, que se faz mais presente do que deveria; as antigas e enraizadas dúvidas de escrita ortográfica e de semânticas textuais; além de tantos outros problemas educacionais e psíquicos enfrentados pelos pesquisadores ou universitários.
Metodologia de Pesquisa – a disciplina que muitas vezes não ajuda
Apesar de saber que na maioria dos cursos de graduação e pós-graduação, geralmente a disciplina “Metodologia do Trabalho Científico” está presente na grade curricular, sabemos também que na maioria dos casos a estrutura e os ensinamentos da disciplina não colabora de modo efetivo para os desafios da escrita vividos pelos alunos.
O conteúdo programático dessa disciplina contempla os pressupostos e as características da investigação científica, com foco em discussão sobre as diferentes abordagens. Porém só isso não dá voz ao pesquisador relatar suas dificuldades e dores vividas no dia a dia.
Acontece que as angústias e dificuldades reais vividas pelos universitários normalmente são diferentes dos aspectos puramente “científicos”, e dizem respeito às questões práticas e concretas da escrita.
Requisitos necessários para um trabalho acadêmico
Quando o aluno não consegue resolver essas questões ele acaba tendo problemas em ciclos, já que isso gera vários outros novos problemas. Afinal, sabemos que para escrever um trabalho é necessário, antes, elaborar e desenvolver certos pontos:
- • Definir e justificar o tema da pesquisa;
- • Determinar qual será a pesquisa por meio de uma pergunta;
- • Indicar a hipótese do estudo;
- • Escolher o título do trabalho;
- • Estabelecer o objeto de investigação;
- • Indicar como será feita a análise da investigação;
- • Fazer a revisão bibliográfica.
Além desses requisitos essenciais, que precisam todos serem externalizados e explicados com clareza no texto escrito, o trabalho ainda precisará respeitar as normas exigidas pelas ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e, claro, fazer sentido e ser autoral, mas com embasamentos de outras teóricos.
Fatos que parecem “básicos”, mas são complexos por si só, quem dirá em conjunto. Quando colocados todos juntos eles dificultam e tornam o trabalho ainda mais doloroso, fazendo com que surjam inúmeras dúvidas, em paralelo com as demandas que vão se acumulando.
A escrita é um ponto nevrálgico no trabalho acadêmico
Acontece que as exigências são muitas, sabemos! Por isso, ao longo do processo de escrita, é natural o sentimento de esgotamento físico e mental.
Afinal escrita é um ponto fundamental e determinante para a excelência do seu trabalho acadêmico, mas também, e ao mesmo tempo, um ponto de dor e dúvidas [saiba mais sobre esse assunto em: Como escrever em tempos de incertezas].
Essa dificuldade, na escrita fundamental, acontece porque a escrita acadêmica é uma questão nevrálgica ao estudo do pesquisador e do aluno universitário.
A escrita é tão essencial que ela pode, inclusive, desvalorizar todo o trabalho de pesquisa, mesmo que ele tenha sido “genial”. Por exemplo, você pode ter feito uma descoberta fantástica, mas se você não conseguir transcrevê-la para o papel com coesão, coerência e dentro da estrutura textual exigida pela academia, o seu trabalho não terá a valorização devida.
Para resolver as dificuldades é preciso contar com ajuda
Se você conta com uma orientação eficaz e empática na sua escrita acadêmica, então uma das primeiras pessoas indicadas para te ajudar é seu orientador(a).
Contudo esse tipo de apoio depende da empatia e capacidade professoral do orientador, o que nem sempre acontece. Então é preciso buscar ajudas com pessoas ou instituições da sua confiança.
Colegas de estudo ou de trabalho são boas fontes para você conversar a respeito e encontrar a melhor saída. Mas, antes, é essencial que você entenda certamente onde está seu maior problema.
Se for dificuldades com as escritas ortográficas e de normas, você pode procurar por profissionais independentes que possam entregar soluções para essas questões.
Mas se for uma questão mais ampla da escrita, que perpassa a organização das ideias e que demande orientação sistêmica da escrita, então, o ideal é recorrer a instituições reconhecidas e experientes que façam isso.
O tabu da “ajuda”
Todas essas ajudas podem ser “mal vistas” aos olhos hipócritas de muitas pessoas com entendimento limitante e meritocrático. Essa visão antiga e ultrapassada precisa ser racionalizada e desmistificada.
Não fomos ensinados e preparados para o gênero de escrita acadêmica! Fato incontestável de todo nosso sistema de educação. Além disso, e somando em problemas, também não aprendemos a ser autônomos em escrita autoral.
Precisar de ajuda, nesse sentido, é portanto altamente esperado e necessário. Afinal escrever bem não é “dom”, e exige técnica e conhecimento que vão, infinitamente, para além da alfabetização.
Dificuldades para além da escrita
Além disso é importante que lembremos da existência de estudos científicos e altamente reconhecidos falando, justamente, dessas angústias.
Exemplo conhecido é a pesquisa do cientista, especialista em linguagem, Steven Pinker que mostrou a existência da Maldição do Conhecimento, intrínseca aos especialistas.
Sobre esse assunto, você pode ler mais em Steven Pinker: “Boa escrita requer empatia”, nesse artigo você verá que quanto mais sabemos de uma área, mais dificuldade temos em explicá-la e transcrevê-las em texto de forma clara. Precisamos, portanto (sim!), de ajudas e apoios para construir textos, principalmente do gênero acadêmico.
Quer saber ainda mais? Fizemos uma seleção de links com o melhor conteúdo neste assunto. Escolha a forma de conteúdo que você prefere e aproveite para aprender ainda mais.
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